Dezasseis activistas da Greenpeace detidos em “assalto” a central nuclear espanhola
Dezasseis pessoas acabaram por ser detidas durante a “visita” de 20 activistas da organização ecologista Greenpeace à central nuclear de Cofrentes, em Valência, ontem, para pedir o encerramento definitivo do reactor.
Os activistas escalaram ontem de manhã uma das torres de refrigeração da central e, à medida que iam descendo, foram detidos pela Guarda Civil espanhola. A Greenpeace informa que os detidos, levados para a Guarda Civil em Requena, são 15 activistas e um fotógrafo independente.
O Conselho de Segurança Nuclear espanhol (CSN) garante que em nenhum momento os activistas acederam a zonas vitais das instalações e não puseram em perigo a segurança da central, cita o jornal “El Mundo”. Ainda assim, será mantido um dispositivo especial de vigilância no local.
A organização ecologista salienta que não foi usada violência durante a acção e que não se registou nenhum comportamento violento por parte dos activistas.
A Greenpeace pede que não seja renovada a licença de exploração à central de Cofrentes, que expira a 19 de Março, por questões de falta de segurança. A central, defende, “é uma instalação perigosa e tem uma lista interminável de falhas e problemas de segurança por resolver, o que mostra o esgotamento da sua vida útil”. A Greenpeace refere, por exemplo, problemas no sistema de combate a incêndios, o acesso à Sala de Controlo e os sistemas de refrigeração de emergência.
Em Espanha existem seis centrais nucleares, duas delas com dois reactores (Ascó e Almaraz), que totalizam anualmente 20 por cento da electricidade consumida.