
A operação foi denominada Robin Hood (Robin dos Bosques) e o objectivo era sacar os dados de cartões de crédito para transferir dinheiro dos clientes de uma empresa – a Stratfor – ligada ao ramo da Defesa para instituições de solidariedade como a Cruz Vermelha americana durante a época natalícia. Mas os piratas informáticos divulgaram também através da internet os dados privados de 90 mil pessoas, empresas e instituições, entre as quais estão 50 portugueses.
"Não foi grave, mas podia ter sido", disse ao CM o general Loureiro dos Santos, que viu os seus contactos telefónicos, endereços electrónicos e dados de um cartão de crédito – "já caducado" – divulgados na internet.
"São acções criminosas mascaradas de actos de bem-fazer. Devem ser combatidas e punidas", adiantou o ex-chefe do Estado-Maior do Exército, que não apresentou queixa. Da lista divulgada pelos Anonymous constam ainda o nome de Mário Tomé (oficial do Exército na reforma) e até a Marinha Portuguesa. No entanto, a Armada garante que "não existem quaisquer registos contabilísticos e financeiros associados à empresa Stratfor (Strategic Forecasting Inc.), pelo que a Marinha não é, nem foi, cliente ou fornecedor desta empresa".
Cá para nós, parece nos bem este ato dos Anonymous